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Presidente do Afeganistão deixa país e admite vitória do Talibã, que assume controle do palácio presidencial

Ashraf Ghani diz que deixou Afeganistão para evitar banho de sangue

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, deixou o país neste domingo (15), horas depois de o grupo extremista Talibã cercar Cabul, a capital do país.

O Talibã diz que tomou controle do palácio presidencial em Cabul após fuga de presidente Ghani. O grupo extremista defendia uma rendição pacífica do governo.

A tomada de Cabul pelos talibãs ocorre 20 anos depois de o grupo extremista ser expulso da capital afegã pelos Estados Unidos, que invadiram o país dias após os ataques de 11 de setembro de 2001, e em meio à retirada dos militares norte-americanos do país.

Veja a comparação entre Afeganistão e Brasil — Foto: Arte G1

Veja a comparação entre Afeganistão e Brasil — Foto: Arte G1

 

O ex-vice-presidente afegão Abdullah Abdullah disse em um vídeo publicado em suas redes sociais que Ghani "abandonou a nação". 

O político comanda atualmente o Conselho Superior para a Reconciliação Nacional, responsável pelo processo de paz na região. 

Um alto oficial do Ministério do Interior afegão disse à agência de notícias Reuters que Ghani embarcou para o Tajiquistão, que faz fronteira com o norte do Afeganistão. 

Ainda segundo a agência, o gabinete da Presidência afegã não confirma a movimentação do mandatário "por questões de segurança".

Ghani disse que deixou o país para evitar um banho de sangue. Ele afirmou que "incontáveis patriotas seriam martirizados e a cidade de Cabul seria destruída" se permanecesse.

"O Talibã venceu ... e agora é responsável pela honra, propriedade e autopreservação de seus compatriotas", disse ele em um comunicado postado no Facebook.

"Agora eles enfrentam um novo teste histórico. Ou preservam o nome e a honra do Afeganistão ou dão prioridade a outros lugares e redes", acrescentou.

Segundo a rede egípcia Al Jazeera, um ex-guarda-costas do presidente informou que o Palácio presidencial foi entregue oficialmente ao Talibã.

Um alto oficial do Ministério do Interior afegão disse à agência de notícias Reuters que Ghani embarcou para o Tajiquistão, que faz fronteira com o norte do Afeganistão.

O grupo entrou na capital afegã após horas de cerco. O gabinete da presidência do Afeganistão afirmou que disparos foram ouvidos em algumas partes de Cabul. 

Suhail Shaheen, porta-voz do Talibã, fez um "chamado ao presidente Ashraf Ghani" e a outros líderes para que atuem também em uma "transição pacífica de poder" para o grupo extremista islâmico.

No entanto, após a fuga do presidente afegão, um porta-voz do Talibã disse à Reuters que o grupo se preparava para entrar na cidade. Segundo eles, a capital "abandonada" correria risco de sofrer violências e saques.

Mais cedo, o ministro do Interior, Abdul Sattar Mirzakwal, havia anunciado uma "uma transferência pacífica de poder para um governo de transição", mas não deixou claro quem o iria compor.

 

Afeganistão: como o Talibã avançou tão rapidamente após a saída dos EUA

 

Shaheen, do Talibã, já vem anunciando o que pode ser considerado uma série de "medidas de governo", mesmo sem o reconhecimento oficial, como o respeito à imprensa, à diplomacia e a autorização para que mulheres possam deixar suas casas sozinhas.

 

Direitos das mulheres

Quando o Talibã governou o Afeganistão pela última vez, de 1996 a 2001, as mulheres não podiam trabalhar, as meninas não podiam frequentar a escola e todas tinham que cobrir o rosto e estar acompanhadas por um parente do sexo masculino se quisessem sair de casa.

As mulheres que infringissem as regras às vezes sofriam humilhações e espancamentos públicos pela polícia religiosa do Talibã que atuava sob uma interpretação bastante rígida da sharia, a lei islâmica.

Desta vez, no entanto, porta-vozes do grupo garantem que irão respeitar os direitos das mulheres, com acesso à educação e ao trabalho – mas com a obrigatoriedade do uso do hijab, lenço que cobre os cabelos e rosto.

Eles também afirmaram que as mulheres terão autorização para deixar suas casas sem a companhia de um membro homem da família. Essa mudança no discurso vem sendo apontada por especialistas em Oriente Médio como uma forma do movimento se aproximar da comunidade internacional.

 

Saída de diplomatas

 

Diplomatas dos Estados Unidos que trabalharam na embaixada em Cabul começaram a deixar o Afeganistão.

"Aconteceu mais rápido do que pensávamos", disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em entrevista à rede americana CNN.

O Itamaraty não tem registro de brasileiros vivendo no Afeganistão. Também não está prevista, por ora, medida de proteção específica para os funcionários da embaixada em Islamabad, uma vez que a cidade não está em zona de conflito.

O Reino Unido emitiu alerta para que os seus cidadãos deixem o país.

O governo da Alemanha enviou aviões para ajudar na retirada de seus diplomatas, fechou sua embaixada em Cabul e pediu a saída imediata de alemães que vivam no país. Segundo reportagem do jornal "Bild", tradutores e colaboradores afegãos que atuaram com o governo de Berlim também serão retirados da capital.

A Rússia não planeja retirar seus funcionários de sua embaixada em Cabul, enquanto os combatentes talibãs cercam a capital afegã, assegurou uma autoridade russa à agência Interfax

 

Queda 20 anos depois de invasão dos EUA

 

A queda do governo afegão para o Talibã ocorre 20 anos depois de o grupo extremista ser expulso de Cabul pelos Estados Unidos, que invadiram o país dias após os ataques de 11 de setembro de 2001. Em abril, o presidente Joe Biden havia anunciado a retirada de todas as tropas do país até 11 de setembro deste ano. O Talibã avançou rapidamente depois de que a maior parte das forças lideradas pelos EUA deixaram o país em julho, e a queda de Cabul ocorre antes do previsto pelas autoridades norte-americanas. Segundo a agência de notícias Reuters, a estimativa dos serviços de inteligência norte-americanos é de que o Talibã chegaria a Cabul em setembro, com uma possível tomada do poder em novembro.

 

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Fonte G1

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